Vendi dois livros meus e que luxúria! Um autor
independente vendendo livros por aí. Encontrei o querido professor E. antigo
amigo de antigas felações e entreguei os livros para ele hoje, os dois ainda
disponíveis, por 57 reais. Fomos beber no bar onde ele tinha conta. Ele pediu
uma dose de cachaça, mas só não esperava vomitar tudo no meio do caminho pra
casa. Não só ele precisa cuidar da saúde. Eu tenho uma secreção e uma dor no
pulmão de tanto fumar e vou ter de tomar antibióticos por 5 dias, além de
aguentar a minha mãe controlando meus cigarros.
Ao invés de comprar qualquer outra coisa com o
dinheiro dos livros, preferi obviamente a opção de ficar acordado até tarde. O
professor, que comprou os livros, no bar, disse que “Seremos os próximos”. Que seremos
sim reconhecidos. Ele não tanto como escritor, mas sim como crítico literário. Eu,
como escritor. E que somos todos assim. Uma turma de bêbados e drogados, é o
que somos. Bom ouvir isso de um professor. Bom mesmo.
Minha sobrinha ensaiou bem sua apresentação na
reunião de palestra budista de hoje (Que faltei para encontrar o professor),
vestiu um belo vestido vermelho e conquistou a todos. Minha mãe pode usar a
ocasião para usar sua matadora saia de couro preta, já que raramente ela a usa.
No daimoku da manhã, pedi um trabalho, muita
proteção e saúde para a minha família. No daimoku da manhã se pede, no daimoku
da noite, se agradece.
Just a little patience, yeah, yeah... não vejo a
hora de voltar para a Vila Mariana e deixar essa Vila Clementino rústica que é
o bairro dos meus pais. Uma indicação no linkedin e comecei tratativas com uma
grande empresa. Posso dar conta da vaga e estou bem confiante para que me
aceitem.
Amanhã é o dia da primeira etapa do TUNA de 2019. O
TUNA como já disse aqui algumas vezes é a competição de atletismo mais forte
que a FFLCH compete. Eu quis tanto um medalha do TUNA que larguei minha
faculdade da letras em segundo plano para treinar e conseguir uma (tempos em
que eu postava nudes com mais frequência). Pois eu consegui em agosto de 2017. Agora
estou aqui sedentário, fumante, fraco, desempregado, sem vínculo com a USP por
não ter tido créditos em 2018 (Vou tentar o difícil reingresso em maio, caso contrário
eu regressarei á USP só no começo de 2020 após prestar FUVEST de novo). Mas
isso não tira o brilho daquele 18 de agosto de 2017. Lembro com ontem. Cheguei atrasado
á competição. Todos os outros atletas estavam já se aquecendo enquanto eu
apareci lá de jeans e fui o último e confirmar a inscrição. Daniel Imbassahy e
Lucas Jaeger me olhavam com aquela cara de interrogação para mim, provavelmente
se perguntando (O que um cara de humanas faz salto triplo e faz bem?). Porque
eu tenho paixão pelo atletismo. Pois bem, não consegui me aquecer na área
coberta e tive que aquecer na pista mesmo com todos os outros atletas bem mais
aquecidos do que eu. Em compensação eu cansei menos e fiz menos força durante o
aquecimento, que eu usei na prova. Estava muito bem preparado, tinha sido
campeão paulista máster da prova na categoria M30 uma semana antes, já tinha
passado de doze metros no treino algumas vezes (No máximo 12,06m) e estava
confiante em saltar 11,77m para entrar para o ranking dos dez melhores do ano
da USP. Estava frio, chovia um pouco, a pista estava molhada, mas nada disso
tirou minha concentração. Logo no primeiro salto, saltando com a ponta dos pés
nos três saltos (Sim nosso exigente técnico estava lá), mandei 12,20m (Minha
melhor marca ever). Com isso passei para a fnal em quinto lugar após queimar o
segundo e o terceiro salto. No quarto salto, foi o salto em que coloquei mais
velocidade na corrida ever, as pernas aguentaram o tranco e mesmo sem
verticalizar o último salto, consegui fazer incríveis 12,50m (44cm a mais do
que minha melhor marca ever). Foi o suficiente para eu bater o Daniel Imbassahy
(MED-USP) , o Felipe da FMABC, o Lucas Jaeger (POLI), o Cauê Oliveira (POLI) e
o Fernando Salhani (POLI). Um tapa na cara da sociedade, eu ter sido o melhor
atleta da USP-SP na prova. Fiquei atrás de um atleta da UNIP e de um atleta de
MED Ribeirão, mas ganhei minha sonhada medalha de bronze que tanto queria.
Pronto. Agora vou voltar para FFLCH para terminar meu curso, me tornar um
professor e não ficar dependendo só do comércio exterior para pagar as contas.
O incidente:
Quinta-feira passada, eu passei a noite com um
homem. Ainda acordados, ele adivinhou coisas da minha vida. Quando fomos dormir
eu questionei como ele sabia daquelas coisas sobre a minha vida e ele respondeu
“Eu tenho um cigano dentro de mim que me diz coisas”. Quando ele adormeceu,
começou a falar durante o sono coisas como “Isso tem que parar... Isso tem que
parar” e em seguida uma voz que não era a dele proferiu “Nunca mais volte nessa
casa, veadinho”. Levantei da cama todo desequilibrado e disse que era minha
hora de ir. Na confusão, acabei por vir embora com a cueca dele e deixei minha
cueca lá. É por isso que tenho pedido tanta proteção para o gohonzon.
Bem, está aí a minha experiência negativa com
aplicativos. Todo mundo tem a sua, não?
XOXO