7 de out. de 2010

EU MATEI MINHA MÃE (J’AI TUÉ MA MÈRE)

  
   hoje fui ver o 'eu matei minha mãe (j´ai tué ma mére)' na seção das 22 horas do espaço unibanco do shopping frei caneca. antes, acordei ás 13 horas no maior bode! isso porque coloquei o celular para despertar a fim de não perder o jogo de voleibol da seleção brasileira. ouvi a parte final do jogo enquanto tentava levantar da cama, enquanto minha gata siamesa (cada vez mais inconveniente) miava pedindo para eu abrir a porta do quarto, para que ela então pudesse vagabundar um pouco. na noite anterior, eu já havia deixado a porta aberta para sua livre circulação mesmo temendo a entrada de um espítiro ruim, um ladrão ou sei lá o quê. não gosto de dormir com a porta aberta. mamãe fez o favor de fechar a porta novamente pela manhã, proporcionando assim, o meu despertar pela manhã mais pelos miados da gata do que pelo despertador do celular.

   pois bem, ao andar pela casa senti que estava com um dor nas costas danada. acho que foi porque dormi de mal jeito, tudo porque tinha que equilibrar o remédio que pinguei dentro do ouvido na noite passada... mas que bela bosta! tive de desmarcar um encontro com um garoto por causa dessa dor. também achei que estivesse no início de uma gripe forte. felizmente, estava enganado.

   perambulei pela cidade. fui ao mcdonald's e encontrei o prezado senhor fábio cruz quando saía de lá. 'o que você comeu?' ele perguntou. "o mesmo que você está comendo" apontei para a mesa dele. 'você voltou a comer carne? por isso que está gordo desse jeito!'. ao invés de começar a chorar, disse apenas "que engraçado... quando eu era vegetariano e mais magro, trepava bem menos" e fui para a minha sessão.

   esse 'eu matei minha mãe' eu já queria ter visto na mostra internacional do ano passado, mas acabei tendo de optar. acabei indo ver o 'todos com quem dormi' com o insuportável do meu ex namorado, o que me garantiu uma carona para casa. má escolha... devia ter ido ver esse.

   só descobri que o filme era canadense depois de acessar a internet para copiar a foto que ilustra essa postagem. é um filme franco canadense, achei que fosse francês. fora a extrema beleza dos atores, que lembra muito as pessoas da zona leste de são paulo, o filme ofereceu mais do que beleza. os diálogos eram bastante intensos, tanto que julguei minha relação com a minha mãe até apreciável comparando com o conflito entre os protagonistas do filme, mãe e filho. não consegui me imaginar dando descarga na minha mãe durante toda a projeção, os diálogos eram de fato intensos e as interpretações apreciáveis, ao meu ver.

   desnecessário dizer que o personagem protagonista, hubert, era homossexual e mantinha um relacionamento com antoine, outro garoto de 16 anos. desconfio que o mesmo foi mandado para um colégio interno depois de a mãe descobrir sobre a homossexualidade do filho, mas tudo isso chega a ser secundário perto da força do conflito exposto pela película. assumi o lugar da mãe, bem mais do que o do filho, mesmo sendo homossexual e não fazer tanto tempo assim que tive 16 anos de idade. também me lembro o quanto era imaturo e desagradável quando tinha essa idade e o quanto deve ser difícil ser mãe (óóó...).

   é o segundo filme franco canadense que aprecio bastante. o outro se chama 'a oeste de plutão', que vi na mostra internacional no ano passado. 'eu matei minha mãe' está em cartaz nos principais cinemas da região da consolação, e eu recomendo, eu apoio.

   adoro pegar o último metrô para voltar para casa. minha dor nas costa ainda não melhorou. vou passar pomada, tomar outra aspirina e dormir (o quanto gata permitir).

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