18 de abr. de 2011
JACK NÃO É SON DE NINGUÉM
acabo de apagar 4 parágrafos descrevendo o motivo pelo qual desisti de uma pessoa devido a diferenças irreconciliáveis. desistir de descrever, é ignorar, é o melhor a se fazer. apagar também o pensamento de tatuar uma casa e uma frase saindo da chaminé, dançando: 'você nunca mais vai me ver ( you´ll never see me again)'
é melhor comentar sobre a cópia da américa em que vivemos, onde pais se mudam para cidades imensas e nunca conseguem digerir esse churrasco grego, a forma com que as pessoas vivem aqui; e hoje estamos lamentando a incapacidade de abrir os braços para o mundo depois de passarmos uma infância de marcas, uma adolescência de tapas.
os pais ainda tentam insistentemente fingir a educação e a gentileza aos estranhos. a mesma que jamais tentaram fingir aos filhos. eles não aceitam que nós não consigamos fingir também.
fingir. ser o michael, a marilyn, a madonna, o chaplin, o papa, o chuck berry. armamos um palco só nosso na rua para fingirmos para sempre. pois só sendo outra pessoa é possível escapar das origens.
michael branco, mascarado, afeminado, desfigurado, customizado, jamais conseguiu ser tão monstruoso quanto seu pai foi.
domingo passado, vi 'mister lonely' de harmony korine.
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