23 de ago. de 2011

GOGH


ga ga ga p j harvey gaguejaria, cacarejaria 'sheela-na-gig' lá nos idos de 1992 na obra de arte 'dry' - eu não produzi, não tenho produzido nada depois da minha 'gagejada', 'cacarejada' na semana passada. após escrever coisas como hospital com 'u' ou palavras indescritíveis a conhecidos e flertes a desconhecidos, ainda me resta do van gogh á minha amiga bia, as críticas á tentativa de suicídio. 'o suicidio faz com que a sua família e os seus amigos se sintam seus assassinos' van gogh.

talvez seja melhor continuar vivo e cortar a própria orelha, não é mesmo? o pior é que se sua tentativa de suícidio não dá certo, sua família e seus amigos continuam te assassinando. afinal, putsss... não tolero mais essa palavra. não quero mais falar sobre isso (embora já esteja falando) e ficar dando relatos patológicos... é que não sobra muito.

coca-cola, café e agora 'melancholia' do lars von trier: novo vício. fui hoje pela terceira vez ao cinema vê-lo. a livraria cultura ainda não tem a trilha sonora para vender. 'ela arruinou meu casamento, não vou mais olhar para ela' essa frase, do personagem que organiza a festa de casamento da justine em 'melancholia' me lembra muito um escritor amigo meu (que já citei muito o nome). acho que ele não voltará a falar comigo e toda vez que me encontrar, ele irá esconder o rosto com a mão - no salão de dança, na barraca da sopa de cebola ou seja lá onde for.

eu e justine somos pedacinhos de cocô que temos certeza de que a vida no planeta terra é má, e que felizmente, ela está com os dias contados (momento pessimista).

patologicamente, ainda não estou bem. passei uma semana aterrorizado e agora vivo uma semana apática. ainda levo pequenos choques devido á agressão que fiz ao meu snc. tenho a impressão de estar enxergando um pouquinho menos e tenho tonturas (momento-documentário).

aliás, no último sábado fiz uma ponta em um curta metragem sobre o glauco mattoso, que meu querido amigo gustavo vinagre está filmando. foi uma experiência diferente. única. eu nunca tinha filmado antes, e este foi direto, reto, sem ensaios, sem enrolação: cheguei atrasado e filmei em questão de minutos. eu não esperava conhecer o glauco dessa maneira... ainda mais ele, o qual fui mais comumente comparado nas poucas críticas que sairam do meu livro de poemas 'poesia gay underground: história e glória' de 2008, inclusive pelo mesmo selo em que o glauco publica. disse isso a ele em cena. o curta tem previsão para ser lançado em dezembro deste ano e se chama 'filme para um poeta cego'.

vou cortar a orelha mais alguns meses para ver esse lançamento.

XOXO