"$he still running through my dreams"
Frase acima que eu adaptei, vi escrito atrás de um banco de ônibus no
circular indo para a Usp. A frase original continha "she" ao invés de
"$he", é claro. Eu devo dizer que não, não tenho sonhado; pelo menos
não com "he" ou "him".
Uhum saí hoje do shelter que
tem a palavra home na sala de estar
com as minhas sapatilhas e um bolo de maçã em uma sacola plástica, que não
couberam na mochila;
Tive de abortar no meio o treino de lançamento do dardo hoje por causa
de uma canelite insuportável devido eu ter feito mais do que deveria no treino
de salto triplo de ontem. Sempre fazendo mais ou menos do que é mandado hein,
homenzinho? Se você fizesse o que te mandam, você já hoje falaria grego
razoavelmente bem, teria feito seu treino de dardo sem maiores problemas e.
Terminar com gelo na canela nessa linda tarde ao invés de estar sentado em uma
cadeira de escritório é como ser um adolescente sexy que acabou preso dentro de
um saco durante a ocupação nazi fascista no norte da Itália. Uhum...
Porém, já que sou uma criança teimosa, ao invés de ir pra casa cuidar da
canela, eu voltei a lançar já que a dor melhorou depois do gelo. Resultado:
consegui lançar mais de 38 metros duas vezes (eu nunca tinha lançado mais de 38
metros na minha vida). Ou seja, às vezes é bom ser teimoso e fazer as coisas do
meu jeito.
Renovei minha matrícula na faculdade de letras para o segundo semestre
assim como Maurren Higa Maggi renovou sua “bolsa atleta” no final de
2015.
Posso treinar todo dia porque já fechei todas as matérias do semestre,
mas na verdade eu sequer as abri.
Estou matriculado para estudar língua armênia, latim II e literatura
brasileira VI no segundo semestre.
Eu prefiro não falar sobre o amor nesse post, sobre a necessidade e/ou
importância do amor romântico na vida porque eu estou emprestando essas
impressões a um personagem de um romance que comecei a escrever há alguns dias.
Outro livro, Hugo? Outro livro.
Bullet points:
·
Meu livro de crônica “Maydays”
publicado este mês neste blog teve um número agradável de acessos. Eu ainda
mantenho a intenção de imprimi-lo, isso apenas vai demorar um pouquinho mais do
que eu esperava. O querido Daniel Manzoni, doutorando em literatura da PUCCAMP
fez a orelha para mim da versão impressa; eu disse a ele “você entende melhor
meus livros do que eu mesmo”. Ele riu. Mas é verdade, antes disso ele me
mostrou dois ensaios que ele fez sobre o meu livro de estreia “Poesia gay
underground: história e glória” (2008, Ed. Annablume) e os ensaios ficaram
brilhantes, me deram a exata vertigem de que a mensagem do livro foi entendida por
alguém. Daniel pediu para eu não publicar os ensaios, já que ele mesmo pretende
publica-los em breve. Aliás, ele vai juntar os dois ensaios em um, para então
apresentar em um das disciplinas que ele está cursando.
·
Meu romance inédito “Drag
por drag” foi devidamente inscrito no prêmio paraná de literatura 2017. Por pouco.
Meu romance tem 137 páginas. O número mínimo de páginas aceitável para romance
é de 130. Pórem, não pude inscrever meu romance no prêmio Pólen de literatura,
já que o mínimo de páginas que eles exigem é de 160. Honestamente, não sei qual
o motivo desses “parâmetros”... Um romance precisa ser longo para ser bom? Isso
dificulta ainda mais as coisas para mim, para os demais escritores, em uma cena
de crise onde as editoras tem cada vez menos dinheiro para investir em novos
livros de literatura brasileira contemporânea e esses prêmios acabam sendo uma
das únicas formas de viabilizar publicação de livros se você já não é
contratado por uma grande editora, se você não tem um “passe”. Eu publiquei
meus três livros em editoras independentes, eu ainda preciso desses prêmios, eu
ainda preciso de editais para publicar. E sei de que há muitos outros
escritores na mesma situação que a minha. Agora temos de lidar com essa “Barreira
de números mínimos de página”. Já comecei a escrever outro romance como disse
logo acima. Não vou dar por acabado até eu ter pelo menos 200 páginas. É triste,
e era só o que faltava...
·
Embora meu debut de
poesia é “o” livro de poesia, eu tenho outro inédito prontinho, o “Moon drungo”
que, também estou arrumando direitinho para inscrever no prêmio Paraná de
literatura (sim, eles permitem a inscrição do mesmo autor em duas categorias
diferentes desde que não usem o mesmo pseudônimo). Vou inscrever o livro com o
pseudônimo de “Lana Del Rey”.
Elsewhere:
No último domingo, eu consegui fazer um salto triplo de doze metros pela
primeira vez na minha vida. Estou em ótima forma, mas é importante ir á minha
primeira sessão de terapia amanhã, para que o treino não me enlouqueça de novo
ao invés de me ajudar. O campeonato paulista máster de atletismo está chegando,
será em 13 e 14 de agosto e eu não vejo a hora de pisar meus pezinhos duas
vezes naquele sagrado pódio do estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera.
XOXO
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