9 de out. de 2023

a queda de açúcar

 



  •  

    I

         Para mim estava tudo certo virar as costas para eles para sempre no dia trinta. Eu não fui atrás, mas eles então vieram atrás de mim, vieram em uma profusão acima da média o que, por um instante, me fez acreditar em demônios. Pois eu aceitei ir no dia cinco só para ter certeza que eles de fato não valia a pena, quando voltei para casa em um pós horrível, tendo de andar três quilômetros até achar um ponto de ônibus em uma zona norte caótica debaixo de um calor de trinta e cinco graus, me perguntando “Valeu a pena, Hugo”?

         De volta ao pântano, no sofá que nunca me pertenceu, na casa que nunca me pertenceu, na casa onde sou um estranho, em um lugar tão remoto onde é quase impossível ter vida social, principalmente sem ter dinheiro, onde o mercado de trabalho insiste em não me absorver, eu pensei que a coisa estava resolvida. Era só uma questão de subtrair infernos, somar infernos, administrar infernos. Novamente eu não fui atrás deles, mas no dia sete eles vieram atrás de mim de novo, como a polícia de costumes do Irã entra no metrô atrás de uma mulher iraniana sem véu e saí do vagão com a mulher desacordada, alegando que ela passou mal por falta de açúcar no sangue.

         No dia sete eles me mandaram um carro para atravessar a cidade. E onde está a minha capacidade de dizer “não”? Ou apenas não dizer nada? Nunca aprendi e sigo sem aprender. Entrei no carro. Cheguei lá, fui usado e de madrugada não havia mais nada. Nem ele, nem o outro. Pensei que passaríamos o domingo, mas logo vi que fui coagido e descartado. Possivelmente eu fui enganado. Apareceram coisas muito boas no app, sim apareceram. O que mais me chamou atenção foi um garoto meio-japonês chamado Tisho, exótico, bastante másculo e eu posso ir à casa dele durante a semana, ele já disse que sim. Também me chamou atenção um garoto louro bem jovem chamado Enzo, que ao perguntar das minhas preferências, ele sugeriu que sentasse na cara dele até sufoca-lo, o que me pareceu muito bem.

         Acho que cheguei ao dia nove bem. Espero que eu tenha mesmo ganho alguns belos brindes e que o mundo não é branco e ele não se esfarela.

    II

    “The Boy Zone”

    (Letra: Hugo Guimarães/Música: Hugo Guimarães)

     


    III

    “Conheça o ódio”, Hugo Guimarães.

     

    CAPÍTULO UM: “Da alma à carne”

     

    Sou Audrey Hepburn agora. Na alma, mas sou. Da última vez que tentei decepar minha narina, só consegui um banho de sangue e é melhor esquecer, por hora.

    Uma vaca pode ser uma égua, sei lá. A verdade é que eu nunca quis saber por que não se deve usar a palavra vaca. Veado não se deve usar e se usa sem nenhum constrangimento e já que nada sabemos, é só odiar igual, não só a leiteira, quem me odeia eu odeio igual, mas e se não fosse a mulher? Claro que não, claro que você não pediu, mas e se não fosse ela? Já recusou a luz mil vezes, não? E ainda continua destruindo o sonho dos outros por esporte? Talvez, ninguém tenha o direito. Uma médica que te odeia por você ser podre, veado e ainda por cima por aceitar suborno, médica que tem nojo de ir trabalhar, fazer o mínimo para fazer essa gentalha acreditar que aquilo foi uma perícia e eu estou quase comprando uma casa maior em Angra com o meu marido.

    Pedi para o meu pai recorrer e eu não deveria odiá-lo, uma hora é antes uma hora é depois, mas eu já sei bem a região para onde vão vir as facadas, eu prefiro acumular as feridas abertas dessa camiseta branca, deve ser por isso que minha mãe me manda ir tomar banho o tempo todo, ele volta a falar comigo como se nada tivesse acontecido, traz doces como se aquelas porcarias comprassem minha honra e quando canso dessa merda toda, deixo minha mãe subir comigo até o banheiro, arrancar a camiseta grudada de sangue na pele, aceito o banho e ela mesmo costura o que sobrou. Minha irmã me deu uma televisão que eu vou vender para comprar um filhote de São Bernardo. Wannabe.

    Agora quero um homem, um perito homem, todo engomadinho o desgraçado, por que? Tenho de ter trinta internações por transtorno bipolar para conseguir esse benefício? Olha se eu tivesse tantas internações assim, eu sequer estaria em condições de ter me deslocado até aqui. Sendo assim, vocês negam o benefício por A ou por B.

    Eu me formei em uma faculdadezinha medíocre, pública, mas medíocre, trabalhei quatorze anos em um ofício que eu odeio para ter esse maldito benefício, para pedir trégua em um momento como esse.

    Eu estou falando!

    Eu estou falando!

    Eu sou digno de bullynig, sem dignidade. Como é pra você? Ver um pobre de peruca achando que pode pisar ainda mais na cabeça? Você, que médico do JEF, de boa família, ganha bastante dinheiro, não deve faltar nada pra você, mas pra mim, falta. Quer minha CTPS? Faz dois anos e meio que não trabalho! Sabe por que? Porque ninguém me aceita mais. É difícil levantar da cama para fazer uma entrevista? Em setenta por cento das vezes é, mas eu não consigo convencer que eu sou o melhor candidato para a vaga, pois de fato eu nunca sou.

    Essas psicólogas de RH não são burras, depois do último trabalho, fiz vinte entrevistas, reprovado em todas elas, até que fui aprovado em uma, demitido no segundo dia. O dono deve ter me visto pela câmera pegando cocaína na janela de um carro na porta da empresa.

    Sim, não, sim, não. É o tipo de droga de resposta que vocês induzem para negar um benefício, não? Corruptos! Uma pessoa como eu vai para casa se matar quando você termina o laudo. Morrer é difícil, eu sei, mas quando se tenta, tenta, tenta, uma hora dá certo quando você nem queria de fato morrer.

    Está muito claro na minha cabeça colocar veneno na sopa, me trancar no quarto e esperar pra morrer, mas um ridículo também sonha, não estou falando “dele” que voltou a me perturbar, outros homens que não me perturbem, principalmente se for só uma coca cola, não me fascina. Veio de uma amiga branca uma das piores definições do motivo pelo qual ela nunca transaria com um homem negro, ela disse que imaginava um cocô entrando nela.

    Talvez nunca vou me livrar de você, penso muito em você, que tudo poderia ser mágico e é tão amargo sair desse sonho, onde sou insignificante, sempre fui e sequer tive o direito de saber por que. Um lixo, por incrível que pareça, tem sonhos e é por isso que a sopa fica em modo off, tenho uma ideia para causar polêmica e ficar famoso, rico, espere e veja, como Audrey Hepburn vai da alma à carne.

     

    IV

    Riot 


    Conheça “Sue Sue”.

     

    – Ô, sr. Jojo. A sua filha apareceu aqui no boteco com os peitos de fora outra vez!

    – Eu não acredito!

    – Pois acredite!

    – Eu vou pôr a Suzanne na cadeia cedo ou tarde, escreva o que estou te falando!

    Sue chega em casa e vai fumar no quarto. Jotabê entra lá em fúria.

    – Suzanne, você quer me matar de vergonha?

    – Vergonha tenho eu de você, vá ocupar a vida! Vá fazer um curso de inglês!

    – Pelo menos eu não ando por aí com a pistola de fora.

    – O que foi dessa vez?

    – O dono do bar me ligou dizendo que você foi lá com os peitos de fora!

    – Ele filmou? Fotografou?

    – Não.

    – Então, um beijo e um queijo.

    – Mas e a palavra dele? Não conta? Pois para mim conta, Suzanne. Portanto você esteve lá sim com os peitos de fora.

    – Pai, você anda sem camisa, não anda?

    – Mas eu sou homem!

    – E daí? Por eu ser mulher eu também não posso? Eu também sinto calor, está fazendo trinta e quatro graus, eu tiro a camisa, mas eu escondo as mamas, onde está o problema então?

    – Ah, não me venha com esse papinho feminista, não! Se alguém chamasse a polícia, você iria presa!

    – Mas não chamaram e eu não fui. Existe uma coisa chamada resistência. E a única que você conhece é a do chuveiro.

      

    Depois de muito tempo chega a viatura.

     

    V

    Do we carry on?

     

    * Um homem feio sem pó e sem Photoshop não existe no censo, é uma necropsia no app.

    * O que falta na nossa constituição? O direito de não voltar para casa.

    * Bᴭg.

     

    XOXO



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30 de set. de 2023

fumar hidropônico

 

  •  

    I


     

    E lá estava eu. Jogando voleibol. Dez futuros médicos bem gatinhos com os shorts abaixados mostrando os pênis. E eu não achei nojento. Muito pelo contrário. Nojenta é você.

     

    II

     

    “Prezado(a)”

     

    Verificamos que seu “vínculo” está na iminência de ser encerrado, nos termos do artigo XX do “Regimento” pelo motivo: Cancelamento 0 crédito em dois semestres.

     

    Verifique e acompanhe seu “Rendimento” Acadêmico, “Evolução” no Curso e Histórico Escolar estão disponíveis no menu Acompanhamentos, no Sistema “Júpiter”.

     

    Fica facultado o prazo de 10 dias corridos, contados a partir do recebimento da presente mensagem, para apresentação junto ao “Serviço” de Graduação da Unidade a qual se encontra vinculado de eventual manifestação escrita a respeito do caso. Ressaltamos que o cancelamento da matrícula poderá ser revertido somente se o aluno apresentar uma “justificativa” que altere sua situação acadêmica.

     

    Atenciosamente,

    “Apoio” à Graduação

     

    “Atenção!”  Este e-mail, “não é necessário respondê-lo”.

     

    Que bela bosta de sonho hein?

    Que bela porcaria de sonho hein?

    Que bela merda de sonho.

    Até pelo cheiro daquela porra de Universidade eu me viciei?

    Sim, ela tem um cheiro. Um que só ela tem.

    Nove anos e meio para eu perceber que eu nunca deveria ter pisado na USP.

    Um pouco tarde.

    E fui envelhecendo.

    E fui apodrecendo.

    Um pouco tarde...

    Uósp.

    O que eu queria? Ser um professor de escola particular muito bem remunerado ou ter um triplista de 1,90m moreno, com os cabelos encaracolados, com a mala mais incrível que eu já vi e com um olhar de interrogação mais doce que eu já vi? Follow where mary goes; Cherish the thing she knows; How could you dare? Who do you think you are? You’re insignificant; A small piece, an ism; No more no less; You try to learn the universe; Can’t even converse in human verse; You know it’s ironic smoking hydroponic; Change my stride; Then I’ll fly.

     



     

    III

     

         – Deixa de ser mala, moleque. Calma, porra.

         Parece um editor falando? Não, não parece, mas é. Tudo o que eu estava pedindo a ele eram os meus direitos autorais pelos livros vendidos agora que a edição se esgotou. Estamos falando de uma merreca de 10% do valor da venda de cada livro. Eu nem me lembrava disso, vi o contrato esses dias por acaso, se não fosse por isso eu jamais seria pago.

         Aliás, eu que paguei a edição inteira com a bolsa do ProAC que eu ganhei. Ele fez uma continha sem vergonha no contrato informando o valor que a editora estava investindo (um valor inventado) e o valor que eu estava investido (que era o valor que custeava o valor integral da edição). Ou seja, eu estava recebendo 10% dos lucros de uma edição que eu paguei 100%. Eles é que deveriam receber 10%, não eu. Agora, além de me dar uma canseira para pagar esses direito autorais, ele me solta essa pérola como se eu fosse um vagabundo de rua que ele nunca viu. Serviu de lição, eu tinha o ProAC debaixo do braço (que não é pra qualquer um), eu tinha a grana da bolsa e publiquei com a primeira editora que topei com o nariz. Eram dois editores. Um deles simpatizava comigo na época, o outro me detestava. Ele achava que por ser gatinho e por ser hétero as pessoas tinham que implorar pela amizade dele. Imbecil.

         Ainda bem que esse vento já passou. E passou para sempre.

     


     

    III

    Sejam bem-vindos!

     

    O meu corpo, a mão conduz.

    Meus ouvidos têm grandes

    E pequenos lábios

    Todos incrustados

    Eles podem diluir

    E alguém

    Disse algo

    Que não posso ouvir

    Toco para coçar e o piano.

     

    (Hugo Guimarães)

     

    É inútil

    Querer disputar o mundo comigo

    Ao que é possível dividir tudo

    Em parcelas.

     

    (Hugo Guimarães)

     

    * Por exclusão, o maior filósofo do Brasil é o Zé do Caixão.

    * Uma grande estupidez minha é achar que saber falar “obrigado” em mandarim vai fazer com que aqueles porcos me aceitem de novo.

    * O que se descarta é a vida. Como uma carta de baralho


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19 de set. de 2023

o monstro dos olhos de amêndoa


  • No fim de semana não teve lazer. Nem prazer. Na segunda-feira teve lágrimas. E um pouco de humilhação. Tentativa de estelionato também. É uma pena. Se tivesse funcionado eu teria fugido do presídio. De noite, sem deixar rastro. Nos últimos dez dias, a mesma impopularidade. Como é mesmo que se diz? “Quem desceu tem que subir”.

     

    I

     

    Igor no forno, 2016

     

         The dead telephone. Drops down in the water and I never notice. Guess it’s my worst secret. No one ever call me. Guess it’s my worst secret. I have any friend. Just let the water take it, carry it, purify this pagan object, this disgraced object, let it go in peace. Go yourself in peace, go yourself in peace too, man. Poor metal thing. Never realizing how dead it is. Poor homossexual man. Never realizing this peace metal, this peace of death you’re carrying with. You certainly don’t need it to check life. Death doesn’t check life. You know this rain will never stop. You don’t need no weather map app. Your good memory will always tell you where to walk. Walk by this disgraced land.

     

    II

     




    A ilustração que as queridas do podcast "Põe na estante" fizeram para o meu livro, que ficou bem melhor que a capa pobre do meu livro, tamanha foi a preguiça ou a falta de imaginação do meu editor (ou as duas coisas)

     

    A prosa poética em construção:

         "The almond eyed prince became almond eyed monster so fast, so easily. Am I a monster? If I go outside people will try to capture me with pokemon balls? Should I go outside with a helmet now?".

     

    III

     

    A minha versão de “Águas de Março”. Você não se importa? Eu, tampouco.

     

    “Águas de Março”

    (Tom Jobim/versão: Hugo Guimarães)

     

    É pó, é pedra, já está a caminho

    É dar uma de louco, irmãos Cravinho

    É mistura de vidro, é a vida, Luminol

    É a noite, é a morte, porre de Demerol

    É peroba para o caô, é o nó na orelha

    É um chá de cadeira, é a Marília Pera

     

    É cabeça de vento na pirâmide financeira

    Mas ele é tão profundo, queira ou não queira

    É um cachorro de pegando no fim da ladeira

    É a miga, é o Jão na festa da macumbeira

    Vejo a chuva sofrendo, numa conversa de bêbada

    Das águas de março, cansada a vida inteira

    É pó, é o chá, marchando tonta pela feira

    Passarinho na mão, uma festa na banheira

     

    É uma ave no chão, é uma ave no chão

    Um cara gato, um fonte, um pedaço do cão

    É o fundo do poço, é o fim do caminho

    No rosto em desgosto, é um pouco sozinho

     

    Mais vale é um prego, é a miséria de um conto

    Uma goteira caindo, um acerto de conta, é um lombo

    Nem peixe, só o gesto, é uma prata falsa se dando

    É bem na luz da manhã, mais um tijolo puro chegando

    É Maria da Penha, mas é o dia, e é o fim da coitada

    São gramas de escama, o barato na estrada

    Esse projeto de casa vai resultar é em corpo na cama

    É o carro desejado, é a lama, é a lama

     

    É andar em círculos, é um caraio, é uma irmã

    Cá estou virado na luz da manhã

    São as águas de março fechando o verão

    É a promessa de lama no seu coração

     

    É um cobra, é um pau, quem pensar na cobra vai se dar mal

    É automutilação no pulso, é pisar num caraio

    São as águas de março fechando o verão

    É a promessa de lama no seu coração

     

    É pó, é pedra, já está a caminho

    É dar uma de louco, irmãos Cravinho

    É andar em círculos, é um caraio, é uma irmã

    É um sete a um, é uma febre perversa

    São as águas de março fechando o verão

    É a promessa de lama no seu coração

    Pau, erda

    Im, inho

    Esto, oco

    Oco, inho

    Aco, idro

    Ida, ol

    Oite, orte

    Aço, zol

    São as águas de março fechando o verão

    É a promessa de lama no seu coração.

     

    IV

     

    “The Ballad of Lucy Jordan”

     

     


     

    E uma bicha velha sem cultura musical NENHUMA faz bullying com o meu vídeo no FB

    Eu o bloqueio e o denuncio por bullying, e o FB “não entende” que isso foge dos padrões da comunidade.

    Vai tomar no cu então.

     

    V

     

         Hoje soube que estou entre os selecionados da 1ª chamada da primeira edição da revista de literatura TAUP (confira no link). Participo com cinco poemas inéditos (que não estão no meu livro de poemas "Lixeira de Celofane" que será lançado no mês que vem). Siga o Blog, a ideia da revista é ser trimestral.

       

    https://tomaaiumpoema.com.br/resultado-chamada-revista-da-taup/?fbclid=IwAR3ySeydFeDAq_baYg0crc5wxDZL0ZwTEZkN6-RRG7chRXujxs2Xs-OHdnw

     

         Mandei cinco poemas para a revista. Quer ler? Espere a revista ser publicada, oras. Vou liberar um só. Vou deixar só na portinha, quando eu me sentir confortável eu deixo o pau inteiro, ok?

     

    “O Anagrama”

     

    Mia Farrow

    Tirou de um embrulho

    Um jogo de peças e cada uma tinha uma letra

    Ela procurava um anagrama

     

    Jogou as peças no chão

    Tentou uma frase

    “Resto de suas dores tê-lo”

    Disse para si “Não faz sentido”

     

    Jogou de novo

    E ao organizar melhor as peças

    Encontrou a frase que fazia sentido

    “Todos eles estupradores”.

     

    (Hugo Guimarães)

     

    Gostou? Estou lisonjeado. Não está nem aí? Vai tomar no olho do teu cu.

     

    VI

     

    *Você precisa procurar/ Se lamentar por quem nunca cresceu. Você precisa abandonar/ Um mundo que não aconteceu.

    *Ás vezes eu ainda me pergunto “Cadê meu boy?”. Eu fui um bom boy?

    *Eu antecipei planos depois da facada. Eu desdenhei o tétano.

     

    VII

     

    “Mustapha”

     

    Mustapha está por dentro
    Mustapha falou e disse
    Mustapha, há quanto tempo

     

    Que que 'cê acha, Mustapha?
    Mustapha conhece o cara
    Mustapha, aquele abraço

     

    Se você visse Mustapha

     

    Mustapha em grande estilo
    Mustapha, talvez viesse

     

    Mustapha via satélite
    Seja bem-vindo agora
    Câmbio, Mustapha, câmbio

     

    (Marisa Monte/ Nando Reis)

     


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