Quer
provar queijo?
Quer
provar manteiga?
Assine
o livro
Conceda-me
sua alma
A
miséria seletiva
A
avareza peculiar
Me
faz querer ver minhas costelas de ódio
Toda
casa tem um monstro
No
palácio do planalto
E
aqui
O
que elas fazem?
Elas
falam com você?
Essas
energias todas?
Então
me fale
Não
esconda com você
E
saiba que ao levantar
E
você vir tocar meus pés
Perguntar
se acordei bem, se estou intranquilo
Vale
mais do que as onze horas
Que
você fica fazendo suas bruxarias
Em
frente a esse banheiro químico de madeira
Saiba
que sua neta, quando era netinha
Também
chamava isso de bruxaria
E
chamava a sua mentora
Uma
senhora negra de idade
De
Zeca urubu
Um
dia depois
Veio
a ressaca moral
E
o desenterro ocular
Nenhum
deles
Nenhum
dos homens
Eu
envelheci de um jeito
Que
fugiu das minhas mãos
Eu
sou uma casa de madeira
São tempos de furacões
Por toda parte
Até por aqui
Que
é frágil, não aguenta
É
a imagem?
A
loucura dando um beijo na imagem
É
a cara um tanto mais caída que então
É
a denúncia do outro
Só
porque o sangue
Tão
natural na minha arte
Mostrou-se
como há tempos?
Sempre
tem algum pau no cu
Ou
dois
Um
pau no cu seco
Pode
ser isso ou aquilo
Ambos
ou nada
Que
talvez adicionaram
Dois
ou quatro
Pelos
brancos na minha vagina
Mas
os nãos e omissões
Não são um enigma
A vida é assim
Não diga que você não sabia
Me diga agora.
X X X
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