Vinte de março
Best: 5,00m
Condições: pós treino pesado
Coach: M. Furukawa
Aquecimento: sapo na areia, marcações de tábua com corrida curta
(sem conseguir verticalização)
Teste 1: corrida de 100 pés (28metros)
4 passadas de
impulso
12 passadas
fortes
Teste 2: corrida de 92 pés (26metros)
4 passadas de
impulso
12 passadas á
meia força
Ataque forte na
tábua
Verticalização?
N
Finalização:
Péssima (-40cm)
Chegou com
força na tábua? S
Vogais:
I(alta), E(média): Anteriores
U(alta),O (média) : Posteriores
A: Baixa
Elegie May the 2nd 2016:
His dirty Black hair
His pretty face
The ring on his finger
Looks as dirty
When I use my glasses
To see my dirty hair
My pimples
His pretty face
Watching linguistics teacher
The wound on my finger
By throwing javelins
My dirty hair
My pimples.
“My lens’’
I also see the girl next to him
And she’s ugly
Like my dirty hair
Like my pimples.
“BR”
I write and no-one read.
I sing and no-one listens
People stay stand by the arms of the
trees.
Suddenly
People come down the trees and say
You don’t know how to write
You don’t know how to sing
“Micro conto nº 3”
Eu estava com o serrote nas mãos
Quando vi os carneiros pulando a cerca
“Micro conto nº4”
O problema de dar boa noite para o
gato
É que ás vezes ele responde
“Micro conto nº5”
Da janela do ônibus pude ver
claramente
Um sonâmbulo conduzindo um veículo
“Micro conto nº6”
E no meio da noite um gordo
Correndo com o cachorro
“Micro conto nº7”
Mas não se pode
Levar animais no ajuntagentes
“Micro conto nº8”
Ontem foi assim:
Primeiro ela jogou um jarro
De barro
Depois ela jogou o desodorante
“Micro conto nº9”
Ontem foi assim:
Bebemos tudo
Repusemos tudo
Hoje
“Microconto nº10”
Ontem foi assim:
Ele perguntou do outro
Só para poder me bater
Isso é ser ruim demais
“This
book is dedicated to the death, man; this is the girl”
“Put
yourself in your own place”, my place is your place, bitch: death
A rain
of bones; how bizarre
“I´ll
still write a lot of books, none of them is for you”
“Micro
conto nº11”
Eu vou por você no ajuntagentes,
Minha filha
Nem que seja dentro de uma gaiola
“Micro conto nº12”
Ai que ódio
Ainda faltam vinte e dois
Para as dez e vinte
“Micro conto nº13”
Ai, amor
O serrote
De novo
Era o despertador
Me dando um gole
“Micro conto nº14”
Dormir nada
Vou é treinar
Para saltar que nem morrem maggi
“Micro conto nº15”
Olhou para os lados?
Ela vai ver só pra onde vai olhar
Uma vez dei um tapa na minha irmã
Que o cabelo voou lá para cima
“Micro conto nº16”
Alguém no andar de baixo
Disse ao telefone “tudo bem?”
E eu respondi:
“Tudo bem”
“Micro conto nº17”
A pior humilhação
É ser motivo de um poema
“Micro conto nº18”
- socorro, gente!
- nossa, que atuação realista!
- era alguém morrendo de verdade.
“Fruta X”
Tive negras vinte e
quatro horas na cama, sem comida. Muitas notícias ruins em apenas três dias. Perdi
a P1, P2, P3, e meu bf está com raiva de mim (e é minha culpa). Até que concluí
que é inútil escrever. Inútil para mim. O público não gosta de mim. A crítica
não gosta de mim. Por que e por quem devo escrever? Publicar, especificamente. Talvez
eu seja só um escritor mediano, ou talvez eu seja um bom escritor, mas há
muitos bons escritores melhores do que eu por aí. O que devo fazer? Melhorar? Mudar?
Eu só consigo escrever como eu mesmo, não consigo fazer diferente. Eu não sei
como, mas o que eu sei é que não há leitores para mim. Os leitores são poucos e
já estão todos comprados. Uma boa ideia é voltar a escrever só para mim. É difícil
achar um editor que goste de mim, que faça um lançamento de livro que ninguém apareça,
ninguém leu meu livro, ninguém disse ou falou absolutamente nada sobre ele um
ano após seu lançamento.
É amargo porque eu
sou romântico.
Escrever é a única
coisa que eu sei fazer direito.
Eu comecei a
escrever aos 13
Agora tenho 31 e
parece que eu ainda sou jovem demais para receber qualquer reconhecimento.
Tive a sensação que
meu livro era muito bom quando ganhei o proAC. Talvez aquele foi um ano de
projetos muito ruins para darem o prêmio para a merda do meu livro. Fui tão
estúpido. Deveria ter guardado os R$410,00 reais que gastei para inscrever o
livro no prêmio Jabuti, deveria ter guardado para sessões de fisioterapia.
Pedi desculpas ao
meu boy depois de dizer más palavras a ele por eu estar tão chateado pelas más
notícias da literatura, mas não funcionou. Ele ainda está amargo como uma fruta
X. Meu boy, boy, boy, boy, é como chamamos alguém quem amamos, respeitamos,
acariciamos e que queremos que faça parte de nossa vida: boy. Ele já se sente
ofendido até mesmo de ser chamado do BF. Ele diz que não se chama alguém de
amigo e não se diz “Eu te amo” em um mês de relacionamento. Ele diz que sou um
lunático, mas lunáticos são os que acreditam que o mar vermelho se abriu como
dizem na bíblia. Esse sou eu apanhando de chicote e gostando.
Fruta X é doce.
XOXO