17 de jan. de 2011

XAROPE DE IPECACUANHA

woke up this morning feeling blue
hey good looking boy can I make love to you?
hey hey hey I got blood in my eyes for you...

dylan.

toda essa neve, me prende 'nos azuis'. logo suas pernas vão melhorar, e você vai querer ir embora. eu te amo, e você não me ama. não minta para mim.

anne wilkes. vide stephen king's 'misery'

ainda lembro do dia em que fui clicado para a foto da contracapa do meu livro 'poesia gay underground: história e glória' em 2008. eu, sentado em uma montanha de livros, e aquela posição deixando a minha cabeça livre no topo da imagem equivaleu-se com a kate winslet subindo em uma pilha de livros até a corda que usou para se enforcar em 'o leitor'.

dar-se luz. nascer. ter entrado na presente década com rubéola não é tão ruim quanto parece. pessoas pessimistas como eu só encontram motivações em coisas ruins, e aqui estou eu: fresco.
me pego no sofá pequeno demais para o meu corpo, e reflito o que dizem na tv: 'eu quero morrer' e qual é a grande diferença do momento para ter nascido em feto morto? qual a diferença em olhar para o céu de moema observando um céu azul imenso engolindo um apartamento deslumbrante, e pensar finalmente:
'é tudo uma questão de férias no tempo'.

olhando para trás,
eu devia ter vestido a camiseta do drácula
eu devia ter engolido minha arrogância rasa
eu devia ter aberto a boca para falar pausadamente
e que não há mais movimento nenhum movimento literário²
e que não é mais possível imaginar o glamour de ler um livro
e comparar com o glamour de acender um cigarro
e imaginar como as pessoas faziam isso há uns 150 anos atrás
e que o cinema foi o responsável para que muitos de nós escritores
nos sentíssemos diminuídos, incompetentes.
e que a indústria do cinema e dos milhões levando os mais rasos livros
aos milhões de pessoas nos incompete.
o cinema levou as pessoas para as livrarias, e lá está j.k. rowling na vitrine.
o que me separa de j.k. não são letras, mas os números.
observo harry potter e penso: o que há de errado com os meus personagens?
o que há de errado comigo?
e eu sei que há muito de errado com harry potter.
há muito de errado com o mundo.

o método preferido para começar a década: xarope de ipecacuanha.

a década começou, e eu já sou um homem magro, como daniel johns.
a década começou, e eu já sou um escritor sem rancores.
a década começou, e eu quero ser um pole vaulter.

31 de dez. de 2010

DÉCADA

manutenção de mortos la la la
em mijos territoriais la la la

olha isso:

***
"anos depois / ânus depois"

underground

on the ground

o que é melhor?
embaixo do chão
ou jogado nele?

o que é pior?
embaixo do chão
ou jogado nele?

h.g.
***

não apanhei nessa década. parei de apanhar aos quatorze, entrei na década com quinze. 'o brega que virou bacana' = 'antes e depois' = 'depois da fonte da juventude' = nada disso cabe á mim visto que a diferença de hoje para dez anos atrás é algo bem superficial na minha pele; apenas fui comprando roupas novas.

eu não tinha dúvida alguma que me tornaria um rock star na década que acaba hoje. agora, tenho a absoluta certeza que fui plenamente um rock star dentro do meu quarto quente, dentro da minha caixa toráxica. enquanto alanis morissette abria a boca no mundo inteiro, todo o silêncio da minha vida me fez atingir o 'nirvana'.

nenhum dos traumas anais gerou me um câncer. gosto de saúde.
apenas quebrei meu coração muitas vezes...
a década foi boa só para as garotas.

nem mesmo domino a cronologia, a essência dos movimentos literários que vinham se transformando desde o século doze em portugal. ainda assim me orgulho do livro de poesia que escrevi. muito muito muito. hoje, não há mais movimento literário algum, e eu faço parte disso. portanto, não há crítica.

não plantei as três árvores para compensar a impressão das 500 cópias do meu livro. elas não fariam diferença para o mundo, para mim ou para você. mas meu livro fez; para mim.

aliás é isso o que eu sou, um escritor.
então...
mais um dos últimos poemas que fiz nessa década:

***
"anjo"

eu não quero mais ser
um anjo pobre
eu quero ser
o príncipe das trevas

h.g.
***

18 de dez. de 2010

ROASTBEEF COM PIERCINGS

notas retrospectivas:

precisei saber que menos um ao quadrado resulta em um positivo para me formar em logística. essa é a minha referência, meus cumprimentos aos educadores do brasil.

eu mesmo posso viver o adhemar ferreira da silva no cinema. sequer preciso ser negro. estou publicamente me oferecendo já que tenho certeza que o filme dele será feito logo depois que o do ayrton senna sair de cartaz. quero ver um tapete de pipocas.

mesmo faltando alguma sujeirinha do calendário para acabar o ano, já posso considerá-lo 'morto'. mesmo porque fazem 2 semanas que não posto devido á minha atual existência á base de aspirina. >

'a casa do sr. wilson'
no natal vamos arrancar minha casa do chão, com móveis, lâmpadas e animais dentro. vamos colocar em um caminhão e transportá-la até a granja julieta, assim como fizeram com a casa do sr. wilson em 'denis o pimentinha'. assim ficarei paradinho como uma cêra esculpida.

enquanto isso, todos esses dias que se passaram sem carboidrato, deixaram minha libido destruída. agora que volto a comer direito aos poucos, minha libido volta bastante desconfiada: é melhor olhar para o chão do que para homens da rua.
todos os outros 25 anos se passaram, e a matéria do homem perfeito ainda permanece bem longe: o roastbeef com piercings.

volto antes do calendário virar. aquele que diz 'mais um ano para eu e você - mais um ano sem nada para fazer'

em 2010 eu ganhei um diploma. consegui um excelente trabalho. não fui preso. não me envolvi em nenhuma briga. perdi quilos importantes. não recebi proposta de publicação alguma de nenhum dos meus livros inéditos. não consegui ficar rico. não consegui ficar famoso. não consegui voltar a treinar atletismo. não consegui me casar com o luan maitan, e também não consegui mudar de casa.

merry?
o natal é uma festinha muito da capitalista. jesus não iria se o convidassem. eu gosto.
já comprei meus presentes, e estou louco para comer peru e panetone. posso esperar mais um pouco para comer meu roastbeef com piercings...

27 de nov. de 2010

OUR WONDERING DAYS ARE OVER

"vou te cortar, vou te passar"
eu não vivo mais em um mundo onde essa frase foi tombada como tradução de trans. aliás nunca vivi. claudia wonder foi a primeira e única trans que já trocou palavras comigo em toda a minha vida, e ela parecia uma fada, bem longe daquele estereótipo vulgar e ultrajante que a nossa sociedade impressa na tv vende. "os olhos da tv são os seus olhos"
conheci claudia na premier de um filme do lufe em 2006 "beija-me se for capaz". infelizmente, nunca mais voltei a vê-la. ontem fui surpreendido com a notícia da morte dela. fiquei tocado com a forma que ela morreu.

reverendo do mackenzie, afanásio, adolescentes com lâmpadas na av. paulista, riem lamentando o tamanho de seus pênis.

o engraçado é que um pombo defecou na nossa gloriosa claudia wonder, e lhe transmitiu a doença que a matou. o mítico, o clássico, é pensar que merda é uma síntese de condenação. o distinto, é que a merda veio do céu. 'é o que o céu pensa de você' desferem os homens maus.

estou comovido. a merda é um material de um ser vivo. a merda nutre plantas. os coprófilos se perpetuam vendo o mundo de baixo para cima, amam.
estou comovido. essa é uma morte incomum, inevitável e lírica. não há médicos reanimando o corpo, não há pílulas. o céu apenas determinou que era a hora dela, o céu a pegou pelo braço.

reverendo do mackenzie morre lentamente como uma fruta seca que finalmente de estraga. afanásio enfarta com imensa dor. garotos da paulista morrem nas ferragens de uma nave espacial a caminho da praia, vislumbrando a falta dos pés, vislumbrando o irreconhecimento das mãos.

claudia sobe ao céu em gala, de escadas.

21 de nov. de 2010

DANÇAR COM UM LIVRO

hoje é o dia da consciência negra. coincidentemente, também é o aniversário da minha mãe, e sua consciência negra. o triste é que só eu posso vê-la nessa cor, ela não sente culpa. aliás, questiono o significado da palavra consciência, questiono a existência da consciência, afinal as pessoas vivem se perdoando, não é mesmo?

estamos em época de mais uma balada literária. esse é um evento exemplar idealizado e organizado pelo grande marcelino freire. no ano passado fui acordado por ele em uma certa manhã, ele subitamente disse que haveria uma mesa com jovens poetas e me convidou para participar. aceitei imediatamente, sem pensar, porque não podia recusar um convite do marcelino, era uma honra para mim.

subi naquele palco no dia 21 de novembro de 2009 como um peixe fora d´agua, uma novidade. logo percebi que os três poetas que me acompanhavam eram gritantemente diferentes de mim, e que eles não eram "artistas", mas "produtos" do mercado literário. fora esse deslocamento, opino que uma pessoa para subir em um palco deve ter algo para ensinar as pessoas, deve ter algo para compartilhar, além dos poemas, é claro. infelizmente, as poetas que estavam lá estavam mais interessados em serem simpáticos, carismáticos, do que sinceramente, honestamente, tentarem "dar" algo para todas aquelas pessoas que estavam na platéia assistindo.
- a sua mesa foi chata, disse santiago nazarian á mim.
- eu sei.
eu não tenho nada para ensinar para as pessoas. declaro isso com absoluta honestidade. a minha postura legitimou isso, acho. sou apenas um poeta puro que não tem nada para ensinar á ninguém - esse foi meu ensinamento.

analisando a situação friamente, um ano depois, deveria ter dito que eu não tinha livros em casa, meus pais não liam e não lêem absolutamente nada, meu pai fala português intermediário e minha mãe tem um diploma falso. e, diferente da letra de caetano, aqui há muitas livrarias, muitas bibliotecas, muitos livros. o simples fato de um dia na vida eu ter tido a idéia de tocar um lápis em um papel para escrever qualquer texto poético, é uma anomalia, um evento, e sou muito grato á esse momento.

quanto a leitura das outras pessoas, quanto ao mercado literário, acredito que só a legislação pode corrigir a acomodação e a falta de cultura das pessoas em ler blockbusters vazios, ruins e desinteressantes que infestam as vitrines das livrarias. deveria haver uma lei que limitasse ás livrarias á colocarem esse tipo de livro em suas vitrines, e que parte dela, obrigatoriamente deveria conter literatura contemporânea nacional, e não estou sendo ingênuo ao sugerir isso. vamos promover um boicote á stephenie meyer?

quanto á educação, acredito friamente que os professores não deveriam incluir somente literatura pré-histórica em seus planejamentos, mas livros novos de autores vivos também. claro que shakespeare é importantíssimo, claro que a forma com que machado de assis manipula as palavras é belíssima, mas o problema é que as crianças crescem sem saber que hoje em dia, grandes livros continuam sendo escritos e grandes autores existem. a maioria dessas crianças crescem sem saber disso, e quando adultas, não tem motivos para converter tal situação. ou seja, os professores ensinam as crianças que a literatura é algo velho e que não existe mais, assim como os dinossauros.

três amigos meus me perguntaram quando falei da balada literária:
- o que é balada literária? as pessoas ficam dançando com livros?
- não, não ficam.

amanhã é o último dia da balada 2010, não percam!
http://baladaliteraria.zip.net/

15 de nov. de 2010

NORAH ZOMBIE JONES

parabéns, ekaterina gamova. bruxa. sono fatiado para ver uma final de voleibol. acordei finalmente com um grito do narrador quando lioubov sokolova levou uma bolada exemplar no rosto; coincidentemente, curiosamente esse era meu apelido quando eu jogava voleibol: sokolova - isso no tempo em que ela sabia se proteger. no final nathalia disse: 'vamos esperar mais quatro anos, né?' minha gata olhou para mim e disse 'não posso esperar quatro anos. quatro anos são quarenta para mim'. eu posso, mas não sei se quero esperar.

me peguei nessa em uma jornada. em uma desbravação. uma fila imensa, interminável, lenta, que prometia levar á uma deusa, uma heroína zumbi-mãe: norah jones. caracóis e mais caracóis de filas de pessoas para adentrar um parque bastante verde, para ela ligar o piano para cantar 'chasing pirates'. metida, não? meus joelhos não puderam seguir pela fila até o fim, mesmo morto, mesmo zumbi, acho que ninguém conseguiu ver algo além do som, da voz de fada, do píano, das pernas talvez. acho que norah jones não existe, ou existe somente parcialmente como a dona do tom.


norah ainda cantará bastante. o que me entristece muito é jamais ter conseguido ver marion jones.

também fiquei triste por não terem passado o filme do bruce labruce inteiro.

estou bem cansado, como um zumbi.

6 de nov. de 2010

O QUE ESSA PESSOA ESTÁ PRETENDENDO?

  
   finalmente tenho tido dias sem adentrar em uma sala de cinema. a mostra acabou. estou cansado, exausto, estou louco para dormir e acho que vou ficar um tempo sem ir ao cinema. vi 20 dos 35 filmes que queria ver. cada um vê os filmes que pode, não é mesmo?

   o que pretendo com isso? pergunto-me toda vez que entro em uma sala de cinema da mostra. cansei me muito, tenho meio século de vida. meio século de vida fodida. não consigo imaginar a outra metade, pois as nuvens do 'aurora' a cobrem. "o que essa pessoa está pretendendo?" pensei eu sobre o protagonista do filme 'aurora' que no final do filme se entrega á polícia depois de cometer diversos assassinatos para redimir se de si mesmo. esse, junto com o canadense 'ondulação' foram dois dos filmes que me decepcionaram na mostra, nesse último, o pai super protetor opta por nunca matricular a filha na escola, que será então tão estúpida e analfabeta quanto ele. eu me formo no mês que vem na faculdade, estou prestando serviços para uma multinacional finlandesa, deixei de comer chocolates e beber refrigerantes e quero fazer sexo com menos frequencia também; mas não sei bem o que é 'melhorar' e também não sei 'para quê' melhorar. não sei o que fazer, e não sei se substituir o prazer do açúcar, do gás e do sexo me beneficiará tanto ao ficar só com o prazer do cinema, da literatura e do esporte na vida. mesmo com essa mudança ainda estarei sozinho, com dores nas costas e um tanto inútil no mundo, e tenho certeza que ir e voltar da chácara santo antônio todos os dias não me compensará, e não estou falando de dinheiro.

   pois bem, esse é um prazer do homem moderno: o cinema. após duas semanas indo ao cinema todos os dias, tendo de optar entre dois filmes fantásticos muitas vezes, tenho aqui abaixo a minha lista dos dez melhores:

01. Sonho de Duas Passagens *****
(Two Gates Of Sleep, EUA, 2010) Dir: Alistair Banks Griffin
uma fábula sobre a vida e a morte, sobre o certo e o errado. bucólico, exótico, com uma trilha sonora incrivelmente emocionante, apesar dos poucos momentos de sua execução. rico em idéias, detalhes e situações até seu final cruel. um dos finais mais cruéis que já vi no cinema. incrível, valeu por toda a mostra.

02. Clube do Suicídio *****
(Suicide Club, GER, 2010) Dir: Olaf Saumer (presente na sessão)
este é um filme otimista. mesmo com a falta de carisma dos atores e persoangem e uma certa monotonia no começo, as situações inusitadas e o roteiro levam o espectador a apaixonar se por eles durante o filme. nem o final hollywoodiano decepciona. ao contrário, o deixa mais surpreendente.

03. O Estranho Caso de Angélica *****
(POR, 2010) Dir: Manoel de Oliveira
uma aula de cinema proporcionada por um cineasta centenário. mais um filme rico em situações e personagens. a aparente simplicidade da história é justificada em seu terrível final, onde a intolerância aos judeus é expressada em poucos segundos em uma curta encenação com a câmera estática, pasma; também fiquei pasmo.

04. Elvis e Madonna *****
(BRA, 2010) Dir: Marcelo Laffitte
essa é uma comédia deliciosa. tinha de ser para contar uma história tão incomum como essa, e não tem a pretensão de ser um filme de arte. garante o que uma comédia deve garantir: é extremamente divertido e inteligente.

05. Politécnica ****
(Polytechnique, CAN, 2009) Dir: Denis Villeneuve
esse é o que mais se aproxima de um filme de terror (já que não vi nenhum na mostra). bastante violento, mas é extremamente introspectivo e melancólico, o que o aproxima mais de um filme de arte. filmado em preto e branco, o que evidencia ainda mais o contraste do sangue e da neve. os motivos do assassino e as feridas deixadas nos vivos também o diferencia de outros filmes sobre massacres em universidades.


flyer do filme 'arcadia lost' que vi na cinemateca. acho que eu fui o único na sala que sabia que ele tinha exatamente a mesma idéia de um clássico do terror chamado 'carnival of souls' de 1962, que serviu de inspiração para george romero, por exemplo


06. Três Quintais ****
(3 Backyards, EUA, 2010) Dir: Eric Mendelsohn (presente na sessão)
Filmado na mesma formula de 'babel' ou 'magnolia'. porém o conteúdo das histórias não continham fórmula. vi personagens incríveis nesse filme, situações inusitadas também. a garota perdida na selva, que oferece um beijo na bochecha de um homem perturbado em troca de ter uma jóia de volta, quando tudo apontava para um estupro; a mulher negra procurando emprego e morrendo após conseguir e não conseguir o trabalho, e a carona á vizinha famosa banalizando totalmente a fama, são de uma itensidade ímpar.

07. Irmandade ****
(Broderskab, DEN, 2010) Dir: Nicolo Donato
este, tanto pode ser um filme 'gay' quanto um filme sobre nazismo, mas não um filme de nazistas gays. mesmo porque um filme gay nórdico nunca é denso, sempre mostra atores extremamente belos e motivos fálicos. não é o caso deste, que além de oferecer belos protagonistas e cenas extremamente excitantes, aborda a traição do ser humano (gay ou não) e a consequência de uma forma convincente.

08. Sou Terrorista ***
(Ich Bin Eine Terrorristin, FRA, 2010) Dir: Valérie Gaudissart (presente na sessão)
pela sinopse é natural esperar ver um filme sério e introspectivo, mas "sou terrorista" é exatamente o contrário: é uma fábula sobre o comunismo do leste europeu partindo do ponto de vista de uma garota de 11 anos. não é um filme político, contudo. é uma fantasia. uma bela fantasia, aliás.

09. O Outro Mundo ***
(L'Autre Monde, FRA, 2010) Dir: Gilles Marchand
sinopse bastante interessante, filme nem tanto. apesar do começo excelente, com muito suspense, o filme não se desenvolve satisfatoriamente, e o final é fraco, a história é fraca. vale pelo clima, pelo esforço em criar o jogo, pela semelhança física da protagonista com marylin monroe e sua obsessão pela morte. esperava mais, mas é um filme no mínimo interessante.

10. Na Senda do Crime ***
(BRA, 1954) Dir: Flaminio Bollini Cerri
sessão única deste filme que mostra imagens nostálgicas da cidade de são paulo nos anos 50 para ilustrar uma história simples sobre assaltantes. bem filmado, interessante pelo esforço da produção, não causa sono, descolaram um protagonista com a cara do james dean, mas é prejudicado pela cena final: não tinham um boneco menos ridículo para jogar do alto do prédio?

ano que vem, tem mais.
leia as sinopses em http://www.mostra.org/